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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O CANTO DA SEREIA

Saudações, caríssimos leitores e amigos!

Depois de um longo período sumido por aqui, resolvi trazer meu mais novo poema para compartilhar uma breve fantasia: O CANTO DA SEREIA. Convido todos a lerem meus outros poemas também...

  

O CANTO DA SEREIA




 

Sinto algo estranho no ar.
Ouço de novo a melodia...
Voltando pra me assombrar,
Aquela doce voz que inebria.

Eu resisto!

Mas suas notas ecoam alto
E seu tom é muito eficaz.
Logo a percebo no planalto
Com aquele olhar perspicaz.

Eu resisto!

Sei que preciso me esquivar
Daquele riso lindo no meu dia,
Meus ouvidos eu vou tapar...
Pra não cair em sua harmonia.

Resisto!

Mas o seu brilho é atraente
E suas cores um espectro vivo.
Seu joguete é comovente...
Relutante, eu ainda sobrevivo.
 
Ainda assim, resisto!

Continuo disposto a navegar.
Mas, guiado sou pela fantasia
Que insiste em me conquistar
Com seu doce timbre de poesia.

Resisto...?

Ela está agora em minha mente,
Já adentrou em meus sentidos.
Meu desejo se faz eloquente...
São apenas delírios pervertidos.

Resisto...?

Minha cabeça começa a latejar
São os poderes de telepatia.
A sereia continua a ressoar...
Insistindo mais nessa terapia.

Não mais resisto...

Rendo-me agora ao seu canto...
Abro os olhos pra sua leveza!
Seria ela o meu acalanto,
Feita de mistério e beleza?

Me entrego!

Fecho os olhos para escutar
Ela reverberando uma utopia.
Sinto algo em mim fraquejar...
Estamos em completa sintonia!

Encantado!  

Vou seguindo em sua direção...
Sem controlar meus passos.
Sou escravo dessa sedução
Preso agora em seus braços.

Fascinado!

Pelo nome ela gosta de chamar
E meu corpo vibra em sinfonia. 
Ela quer permissão pra me levar,
E com beijo selamos a heresia.

Apaixonado!

O gosto é de um vinho agridoce
E o calor um tanto relaxante.
Nunca cheguei assim tão longe
Na loucura tropical inconstante.

Descontrolado!

Ela sabe mesmo como me usar.
Fez de mim subjugado pelo dia. 
Abaixando o tom pra eu dedilhar,
Não fez questão de cortesia.

Extasiado!

Com encanto ela chora gemendo
Não faço mais nenhuma objeção.
Só ouço agora as ondas batendo...
Pra saciar, ali, toda nossa pulsão. 

Naufragado.

Por fim, ela me arrasta pro mar!
Prometendo prazer com frenesia.
Eu só consegui me deixar levar...
Acho que fará de mim: sal e maresia.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ATEMPORAL

Saudações caríssimos leitores e amigos!


Hoje volto a postar aqui depois de um "tempinho" em Off... mas resolvi refletir e trazer um convite para uma reflexão, justamente sobre ele: O TEMPO. O que será que podemos fazer para vencer o tempo? Existe mesmo essa possibilidade? Talvez. Convido todos a lerem outro dos meus poemas...



ATEMPORAL



Hoje ela é apenas poesia presa nas palavras, 
Mas ontem foi um alguém que muito amou. 
Ainda vive atada dentre os versos e rimas, 
Que nem o tempo ou a dor sequer superou.

***

Somente importa a imortalidade de um lirismo, 
Fixada na alma do autor dessa simples obra.
Prevalece toda a simpatia com aquele modismo,
Que um dia espalhou o amor por aí afora.

***

Passado, presente e futuro resumem-se no agora,
O ontem se tornou hoje para depois ser de novo.
A cada releitura ela se reabastece e se revigora,
Por todo sempre ela será eternamente algo novo.

***

Em uma página ficou gravada e ali foi morar,
Quis um lugar para dizer que era somente seu.
Aquele coração que já não bate mais em um peito,
Aqui está para sempre, cravado em um apogeu.

Por: Thiago de Moura L. Oliveira

terça-feira, 30 de maio de 2017

SOB A CHUVA...

Saudações caríssimos leitores e amigos!


Hoje venho trazer uma experiência para compartilhar com todos sobre a chuva. Quem nunca teve uma inspiração em algum momento terno de uma chuva, que caía mansa e linda, se desenhando como arte, afim de ser observada?  Pois é... a vida tem desses momentos e eu quis transformar um deles em poema! Espero que gostem e curtam o soneto:


SOB A CHUVA...




Chove chuva, sempre mais um pouco. 
Chove hoje, vai chover amanhã. 
Chuva constante num tempo louco, 
Chovendo assim, leve feito lã. 

***

Chove chuva, pro meu rosto molhar. 
Chove hoje da forma mais linda. 
Chuva doce para me acalmar. 
Chovendo suave e límpida. 

***

Chuva mansa feita um sereno, 
Chuva fina caindo à tarde. 
Chovendo em mim, pura beldade. 

***

Chuva forte pra lavar a alma, 
Chuva grossa de muita bondade, 
Chovendo em mim, felicidade.

Por: Thiago de Moura L. Oliveira

terça-feira, 23 de maio de 2017

ESTRELA CADENTE

Saudações caríssimos leitores e amigos!


Hoje temos um novo poema para ler e que retrata uma paixão especial por uma estrela. Como o nome já sugere: ESTRELA CADENTE, veio na forma de uma inspiração bem interessante quando a escrevi. O fascínio pelo céu e as estrelas vem de muito tempo, inclusive, chego a perder quase horas observando o brilho delas a noite, tudo isso, é claro, quando tenho tempo e posso dedicá-lo a este remédio que me faz tão bem. Nunca pensei que poderia expressar desta forma um sentimento por uma estrela que passou tão rápida pelo céu entre as outras, mas me causou muito mais do que meros segundos de inspiração...


ESTRELA CADENTE




Estrela cadente do meu céu, 
Corpo celeste com vida própria. 
Que veio realizar meu desejo, 
Fazer feliz mais uma história. 

***

Quando pude vê-la passando, 
Deixando na noite seu rastro, 
Meu coração foi logo flertando, 
Abrindo para ela um espaço. 

***

Convidei-a para morar aqui, 
Viver suas aventuras comigo. 
Para juntos num dia subir, 
Fugir voando para um abrigo. 

***

Minha vontade foi atendida, 
Hoje o destino é quem controla. 
Toda a órbita da minha vida, 
Por conta da estrela se renova. 

***

Nosso amor agora está quente, 
Como sua cauda quando desceu. 
Com aquele brilho reluzente, 
De uma super nova ele nasceu. 

***

Contigo pra sempre vou voar, 
Por entre todas aquelas estrelas. 
No universo nossa marca deixar, 
E fazendo isso à nossa maneira.


Por: Thiago de Moura L. Oliveira

segunda-feira, 22 de maio de 2017

AMOR: PURO E SIMPLES

Saudações caríssimos leitores e amigos!


O blog está voltando aos poucos com a rotina de postagens. Sejam todos muito bem vindos! E para iniciar a semana coloco em questão uma de minhas inúmeras opiniões sobre o amor e suas vertentes. É uma visão pouco mais aprofundada da palavra em si: "amor" que possuo já há algum tempo. Assim como no trecho final da letra de uma bela canção do nosso querido Lulu Santos: "consideramos justa toda forma de amor." acredito também que o recebemos como um presente, e ainda, um dom a compartilhar com o nosso próximo. 


AMOR: PURO E SIMPLES 



Eis a dúvida cruel, 
Sobre o amor, um amor. 
O que realmente é o amor? 
Um sentimento nobre e belo... 
Ou ainda, cuidado com esmero? 

***

Folheando algumas páginas 
Descubro alguns significados... 

***

Afeto e carinho, 
Ternura e dedicação. 
Aventura amorosa, caso, 
Namoro, demonstração de zelo. 
Ato sexual, paixão e fascínio. 

***

Penso ainda sobre o amor, 
Que deve ser algo maior em si... 

***

Um bem que nos foi dado, 
Há muito tempo santificado. 
Uma constância de tudo o que 
Temos em nosso interior de bom, 
E que podemos compartilhá-lo. 

***

Sobre o amor: puro e simples, 
Deixo meu coração entender... 

***

Que em cada alma, 
Existe um pedaço de amor, 
Algumas o exalam, outras, o exilam... 
Porém, cabe a cada uma cultivá-lo.

Por: Thiago de Moura L. Oliveira

quarta-feira, 27 de maio de 2015

VENTO DE FINAL DE TARDE

Saudações caríssimos leitores e amigos!

É com muita honra que venho hoje aqui, homenagear um grande amigo nesta postagem, com um de seus belos poemas: "VENTO DE FINAL DE TARDE". É um poema do grande amigo e poeta José Reinaldo P. dos Santos. Em sua poesia é transmitida uma reflexão sobre o tempo, a morte, o amor... que chega junto com vento no final de uma tarde.

Uma contemplação de tudo e nada ao mesmo tempo. Uma sensação de final de um ciclo, para o início de um outro novo. Quem nunca sentiu no rosto a suavidade de um vento desses no fim de uma tarde? Quem nunca pensou em vida e morte numa hora dessas? 

É a plena sensibilidade de um poeta ao se encontrar num momento rico de inspiração em uma janela. O lirismo que é trazido pelo vento invade totalmente o seu ser e o faz expressar-se em belos versos. Sempre que releio este poema, viajo numa profunda reflexão também. Impossível não se deixar levar pelo singelo poema. No fim, percebo então que, enquanto pensava nisso tudo... nas tristezas, na morte, no amor... o tempo passou, ou seja, acabou anoitecendo. Desfrutem agora de uma bela obra! 


VENTO DE FINAL DE TARDE




O vento se agita
Em seu dom natural.

***

Da minha janela
Sinto o vento bater
em meu rosto...
É o vento de final de tarde.
Contemplo.

***

Penso no vento,
na morte, nas tristezas...
Penso no amor.

***

Sinto a tristeza
quando o vento de final de tarde
bate de encontro ao meu rosto...
Será a morte?
Contemplo.

***

Na minha contemplação,
nas tristezas do vento
num final de tarde;
e pensando no amor;
esqueci do tempo...
Já anoiteceu!!!



Por: José Reinaldo P. dos Santos

segunda-feira, 4 de maio de 2015

DEVANEIOS DE UM POETA

Saudações caríssimos leitores e amigos!


É com grande prazer que volto hoje a postar novamente no blog uma novidade sobre a poesia... DEVANEIOS DE UM POETA é o meu primeiro livro de poesias e gostaria muito de compartilhar com vocês a felicidade de se realizar um sonho e um projeto pessoal. Agradecimentos primeiramente a Deus e também a todos (em especial a querida Mestra Lenise Dutra e o poeta e grande amigo Igor José) que de alguma maneira puderam me ajudar a alcançar esse objetivo. Abaixo, destaco alguns trechos do prefácio do livro e logo após a poesia que deu origem ao mesmo. Deixo agora um forte abraço e desejo uma ótima semana a todos!


  "Escrever poemas constitui, sobremaneira, um ato de coragem. Transpor para o papel em branco a palavra contemplada pelo lirismo sem medidas, que compõe o deslumbramento linguístico da poesia, confirma este ato de coragem. Fazer poemas é lidar com o inexplicável, o inefável, o incansável, o inexorável. É escrever porque se sente e se isto define a arte de poetar, que seja permitido. Tudo isto se encontra em DEVANEIOS DE UM POETA.
  Os poemas de Thiago de Moura estão abertos ao leitor sensível. O primeiro significado que se pode extrair deles diz respeito à verdade que se constitui entre o poeta e o ato de "poetar". Pura emoção! Para ele, a definição de poema contempla a pureza, a vida, a ilusão - é a poesia do poeta que vive o encanto da magia poética, seu sublime acalanto.
  Isto, com certeza, não é tudo o que é possível extrair dos textos de Thiago. É apenas o que se pode ler com os olhos da alma e do coração. A poesia parece ter invadido, sem perdão, sua vida..."

ProfªMs. Lenise Ribeiro Dutra de Campos
Mestra em Literatura Brasileira
Especialista em Língua Portuguesa
Graduada em Letras


DEVANEIOS DE UM POETA




Sentado sozinho na beira de um rio,
Converso de novo comigo mesmo.
Muitos lapsos soltos nesse clima frio
Ajudam-me a olhar somente o esmo.

***

Ao meu redor, vejo só duas cores,
É apenas o que consigo distinguir.
Nem sinto mais o cheiro das flores,
Tento, mas é difícil para conseguir.

***

Busco entender então essa razão
Para explicar tudo que sei de mim.
Pergunto assim ao meu coração:
-Afinal, quando isso vai ter um fim?

***

- Quando me extrair do seu exílio!
Respondeu ele tocando-me forte.
Foi quando percebi no seu auxílio,
Que me levava pra longe da morte.

***

Uma pequenina e singela semente
Fora plantada agora em meu peito,
Trazendo de volta a alegria vivente,
Revivendo planos de um novo jeito.

***

Desperto agora nessa sensibilidade
Repleta de vários sonhos e fantasias.
Amarro no barbante minha verdade,
Agora transfigurada toda em poesias.


Por: Thiago de Moura Lima Oliveira